Quando falamos em valorizar-nos, falamos essencialmente em auto-estima.
Quando nos valorizamos, quando reconhecemos as nossas qualidades, quando não necessitamos da aprovação dos outros para sermos felizes, temos a nossa auto-estima elevada.
A auto-estima é a "base do poder pessoal" de cada um de nós.
E a forma como lidamos com os desafios mostra o quanto temos de auto-estima.
Mas, nem todos temos a auto-estima elevada.
Alguns estão demasiado insatisfeitos com a vida, seja pelas dificuldades, pelas perdas, pelos desafios, pelos fracassos, o que afecta muito o valor que nos damos a nós próprios.
Alguns passaram por experiências que fizeram duvidar do seu valor, desvalorizando-se perante todas as situações da vida.
E quem não se valoriza não acredita que pode alcançar os seus objectivos e os seus sonhos.
Quem não se valoriza é muito sensível à opinião dos outros e precisa da sua aprovação para definirem o seu próprio valor.
Quem não se valoriza não consegue ver as suas aptidões, as suas capacidades, nem o seu valor.
Quem não se valoriza, aceita qualquer situação sem reflectir ou questionar.
Quem não se valoriza não se sente merecedor da felicidade e do sucesso.
Quem não se valoriza não consegue ter uma relação saudável nem uma ligação forte com os outros.
E quem não se valoriza deixa-se abusar constantemente.
"Se alguém chegasse à sua porta e lhe oferecesse uma pizza, mas tivesse de deixá-lo abusar de si para o resto da sua vida, provavelmente iria rir na sua cara. Mas se vivesse na rua e não tivesse comido há dias e essa mesma pessoa lhe fizesse uma oferta semelhante, é provável que a considerasse."
In The Mastery of Love - Don Miguel Ruiz
Aceitamos na vida aquilo que sentimos merecer, ou seja, nunca permitiremos a ninguém abusar de nós mais do que nós mesmo abusamos.