Grandeza ...
Boca da Corrida, Jardim da Serra, Ilha da Madeira
"Não existe grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade"
- Leon Tolstoi
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Boca da Corrida, Jardim da Serra, Ilha da Madeira
"Não existe grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade"
- Leon Tolstoi
Parque de Santa Catarina, Funchal, Ilha da Madeira
"A simplicidade é o último degrau da sabedoria."
- Khalil Gibran
Esta história foi retirada do livro “4 Horas por Semana” de Timothy Ferris.
Achei interessante, pois reflecte as mudanças fundamentais que adiamos, até nos vermos forçados a fazê-las.
“Um homem de negócios americano passou umas férias numa pequena aldeia costeira mexicana por ordem do médico. Não conseguindo dormir após um telefonema urgente do escritório, logo na primeira manhã foi até ao cais para desanuviar a cabeça.
Um pequeno barco com apenas um pescador tinha acostado e dentro estavam vários grandes atuns de barbatanas amarelas.
O americano elogiou o mexicano pela qualidade do peixe.
- Quanto tempo demorou a apanhá-los? – perguntou.
- Pouco tempo – replicou o mexicano num inglês surpreendentemente correcto.
- Porque mais tempo no mar e apanha mais peixe? – perguntou então o americano.
- Tenho o suficiente para sustentar a minha família e dar alguns aos amigos – explicou, enquanto descarregava para um cesto.
- Mas….o que faz o resto do tempo?
O mexicano ergueu os olhos e sorriu.
- Durmo até tarde, pesco um pouco, brinco com os meus filhos, faço uma sesta com a minha mulher, Júlia, e vou até a aldeia todas as noites, onde bebo vinho e toco viola com os amigos. Tenho uma vida cheia e ocupada, senhor.
O americano riu-se e ergueu a cabeça.
- Caro senhor, tenho um MBA por Harvard e posso ajudá-lo. Devia passar mais tempo a pescar e, com os lucros, comprar um barco maior. Dentro de pouco tempo podia comprar vários, porque apanhava mais peixe. Podia, por fim, ter uma frota de barcos de pesca – e continuou: – Em vez de vender o que apanhasse a um intermediário, podia fazê-lo directamente aos consumidores, abrindo por fim a sua própria fábrica de conservas. Controlaria o produto, processamento e distribuição. Precisaria de sair desta pequena aldeia piscatória, claro, e mudar-se para a Cidade do México, depois para Los Angeles e, por fim, para Nova Yorque, onde podia dirigir a sua empresa em expansão com a gestão adequada.
O pescador mexicano acrescentou:
- Mas, senhor, quanto tempo levaria tudo isso?
- Entre 15 a 20 anos. No máximo 25 – disse o americano.
- Mas, e então depois, senhor?
O americano riu-se e acrescentou:
- Essa é a parte melhor. Quando chegasse a altura certa, anunciaria uma oferta pública inicial, venderia as acções da empresa ao público e ficaria muito rico. Faria milhões.
- Milhões, senhor? E depois?
- Então reformava-se e mudava-se para uma pequena aldeia piscatória, onde dormiria até tarde, pescaria um pouco, brincaria com os miúdos, faria uma sesta com a sua mulher e iria todas as noites até à aldeia, onde poderia beber vinho e tocar viola com os seus amigos……”
Esta fábula é o exemplo que precisamos quando estamos adiando, adiando, arranjando desculpas para sair de uma vida sem sentido, achando que algures, daqui a uns anos seremos contemplados com a felicidade.
Adiamos com medo do que vamos encontrar.
É natural…..
Mas, muitas vezes, é na simplicidade que estão as melhores oportunidades.
Um abraço
Luísa de Sousa
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