Viver ...
Jardins da Quinta do Palheiro, Funchal
"No viver devagar é que está o ganho
caminhar na placidez de um rio que passa
escrever um verso deixá-lo na boca em beijo
olhar as coisas como o animal feroz em paz.
Dançar alegremente fora do poema
no rodopio louco com mãos entrelaçadas
desfocar a imagem à volta num momento
esquecer a opressiva nitidez do mundo.
Não esquecer os fascinantes astros
não dançam no céu mas coruscam pois sonham
desistir do plasma inútil para que pudessem
amar por um dia ser frágil como os Homens."
- Eugénio
Obrigada Eugénio por me permitir publicar este maravilhoso poema.