"Não serve de muito cuidar do lado de fora se não cuidamos do lado de dentro.
No sítio profundo onde nos habitamos, é preciso sentirmo-nos em paz.
Aprender a paz é desaprender o irrelevante e o acessório.
Aprender a paz é desaprender o azedume e o queixume.
Não é fácil desaprender.
É mesmo a aprendizagem mais difícil de todas e temos de aprender por nós.
É por nós que precisamos de nos tornar habitáveis.
Precisamos de estar bem connosco.
Precisamos de cultivar um jardim interior, com flores naturais e sem arranjos, e em que dos verdes anos ou verdes ramos possamos colher os erros necessários sem os quais não é possível amadurecer.
Cuidar deste jardim de dentro é mais difícil do que tratar de qualquer jardim de fora, mas é de dentro para fora que a alma cresce.
Mudar o lado de fora é só mudar o sítio das coisas.
Vivemos anos a fio reféns de uma realidade que não questionamos.
Nem sequer a queremos mudar!
Mas se colocarmos a possibilidade de a mudar, tudo à nossa volta cria uma enorme pressão, para que voltemos à realidade anterior, a que não questionamos.
Passamos anos a fio a fazer escolhas baseadas no que os outros esperam de nós.
A pressão social e familiar é enorme e é muitas vezes um entrave à procura do caminho que realmente nos faz feliz.
Fazer escolhas mais alinhadas connosco próprios, com aquilo que nos faz feliz e motiva, terá um enorme impacto à nossa volta.
O mundo vai agradecer que mais pessoas vivam felizes e realizadas.
"E quando deixamos a nossa própria luz brilhar,
damos inconscientemente aos outros a autorização para fazerem o mesmo.
E quando nos libertamos dos nossos próprios medos,
a nossa presença liberta automaticamente os outros."