Quem conta um conto acrescenta um ponto...
Em mais um desafio da Ana, vou dar seguimento à história que ela começou e que foi continuada pela Bii yue, pelo José da Xã , pela Isabel, e chegou a mim pela minha Querida Zé.
Peço, agora, à Mary, que lhe acrescente outro ponto...
NOTA: os humanos falam em itálico, os gigantes em negrito e o Mestre fala em sublinhado.
__________________
Fechei os olhos, sorri e comecei a visualizar a decoração natalícia, que invadia cada canto da nossa casa, de onde emergia uma luz vibrante... azul turquesa, como o MAR ... o Reino da Fantasia.
A viagem de regresso a casa durou toda a noite.
Ao amanhecer sobrevoei o Reino dos Gigantes, uma brilhante e gélida colina, de onde emergiam enormes criaturas tão altas como os arranha-céus de Nova Iorque.
Aurindo gostaria de descer para os abraçar mas era impossível. O frio era tanto que condensava os gestos e as palavras, e estaria a esgotar o tempo que tinha. Ficaria para outra ocasião!
Consultei o relógio de bolso e constatei que era tarde.
Queria chegar a casa antes do pôr-do-sol.
Esta viagem estava a tornar-se um pesadelo. O céu estava a tornar-se cada vez mais fumarento (ou seriam nuvens negras?), o ar cada vez mais irrespirável ... e eu sozinho num imenso deserto de gelo e de fogo.
Como é possível haver gelo e fogo no mesmo deserto?
Fiquei por momentos a admirar o deslumbrante panorama à minha volta,
e cheio de coragem ...