Todas as quartas feiras e durante 12 semanas publicaremos um texto novo inspirado nas cores dos lápis da caixa que dá nome ao desafio, lançado no blogue da Fátima.
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Há 45 anos atrás só havia uma escola de ballet na Madeira e as aulas eram dadas pelo professor bailarino Martins, na sua casa, num quarto que servia de salão de dança.
Lembro-me que quando pedi à minha mãe para me inscrever nas aulas de ballet (a minha paixão), ela ter recusado, deu-me um redondo não, porque as aulas eram muito caras, porque não tinha futuro como bailarina, porque o melhor era estudar para médica, engenheira ou professora.
Não fui bailarina, nem médica, nem engenheira, nem professora.
Mas tive as minhas aulas de ballet.
Tinha uma vizinha que fazia camisolas de lã à máquina, e como sobravam muitos pedaços de lã, ensinou-me a fazer palhaços de lã.
Como sabia que eu era apaixonada pelo ballet, decidiu vender os meu palhaços de lã na paróquia, nas festas de freguesia e na loja onde comprava as lãs.
Trabalhei imenso, cortei os dedos com a tesoura até acertar, fartei-me de montar e desmontar os palhaços, não vá a dona da loja devolvê-los, mas era tão determinada e persistente na altura, que sofria, só para ter o dinheiro para pagar as aulas de ballet.
E consegui!
Durante 10 anos tive aulas de ballet, nos primeiros anos à conta dos palhaços de lã, depois consegui trabalho numa agência de navegação e pude pagar as aulas.
Tornei-me instrutora/monitora de dança moderna e ballet durante mais 10 anos.
Nessa altura aprendi uma grande lição.
Quando queremos muito, mas mesmo muito alguma coisa, temos de lutar por ela.
Adoro dançar e faço-o todos os dias, nem que sejam só 15 ou 20 minutos.
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Guardador de histórias, de segredos, de confidências, de vidas e de mistérios....
Sublime no seu encontro com os céus ... imponente, poético, sensual, ... com um sentimento de eternidade e de vastidão ...
Prainha, Caniçal, Machico, Ilha da Madeira
Pela sua imensidão, beleza e força, este "meu" mar azul cobalto, inspira, relaxa e acalma a alma.
"O mar é a religião da Natureza."
- Fernando Pessoa
Cristo Rei, Garajau, Ilha da Madeira
Reflexo de pensamentos, de medos e de desejos, de sonhos e de possibilidades ... as águas brilhantes deste "meu" mar azul cobalto são a metáfora perfeita para a felicidade!
Nasci do mar ... é a minha paixão ... é onde está a minha essência ... é aqui que reencontro a minha paz!
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A minha paixão pelo futebol surgiu pela mão do meu pai!
O meu pai foi jogador do Andorinha e do União da Madeira ...
Desde pequenina me levava a ver os jogos de futebol ao Campo dos Barreiros onde só se jogava nas regionais.
Se jogava o União da Madeira, ia de laço amarelo e a minha irmã de laço azul (as cores do União).
Se jogava o Marítimo, ia de laço verde e a minha irmã de laço vermelho (as cores do Marítimo).
Adorava aquelas saídas ao domingo para ver a "bola" com o meu pai e com a minha irmã!
Aos fins de semana ouvíamos o relato de futebol pela telefonia ... familiarizei-me com o Benfica, o Belenenses, a Académica de Coimbra ... e com o Sporting!
Passei a torcer pelo Sporting, fascinava-me ouvir o relato quando o Sporting jogava!
Foi através da telefonia e dos relatos emocionantes dos locutores que nasceu o meu amor pelo Sporting Clube de Portugal!
Este amor foi crescendo cada vez mais ... não perdia um jogo (pela telefonia) ... sofria, emocionava-me, aplaudia, vibrava com as vitórias, entristecia-me as derrotas, ... adorava aqueles 90 minutos de relato!
Anos mais tarde, quando os clubes madeirenses subiram à primeira divisão e o Sporting vinha à Madeira jogar, não perdia um jogo!
Ia ao aeroporto e juntava-me à claque do Sporting para ver os jogadores à distância ...
Já não ia de laço verde na cabeça .... ia toda de verde, com a camisola, as meias, o boné e o cachecol do Sporting!
Não consigo explicar a minha paixão pelo Sporting, é um sentimento superior às palavras, vive-se, sente-se, emociona-se, vibra-se, ... isto é emoção ... isto é paixão ... isto é o meu coração pintado de verde!
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Tinha 10 anos, estava no 5º ano e ia a todos os dias pé para a escola, que ficava a 10 minutos de casa.
O dia amanheceu chuvoso e não tinha guarda-chuva para levar para a escola.
A minha mãe sugeriu que levasse o do meu pai ... um guarda-chuva preto, novo, com o cabo e a bengala em madeira.
Adorei a ideia ... era um acessório masculino (eu era uma maria-rapaz) e poderia servir-me de bengala para as aventuras que costumava fazer pelo caminho - subir muros, correr pela beira da ribeira, debruçar-me para ver a água que passava, apanhar flores, subir rochas ...
- Toma cuidado com o guarda-chuva do teu pai, Luísa, é novo! - advertiu a minha mãe!
Cuidei muito bem do guarda-chuva preto, nunca me separei dele e no regresso a casa tive como "companhia" um vizinho, o Jorge, da minha idade e que frequentava a mesma escola.
Estava incomodar-me, a provocar-me e a cantarolar uma música com o meu nome ...e eu nada ... nadinha ... como se não fosse comigo.
- O melrinho da Luísa canta, canta, canta bem .... quem me dera apanhar o melro que a Luisinha tem! - cantarolava o Jorge!
Eu, que já não aguentava mais aqueles piropos, pequei no guarda-chuva preto e .... trás, trás, trás, ... nas costas do Jorge!
Ele, que não estava nada à espera de levar uma sova de uma miúda, ... fugiu apavorado!
Desesperada e lavada em lágrimas, vi que o guarda-chuva do meu pai estava partido em dois ...
- Então bateste com o guarda-chuva nas costas do Jorge? Isso não se faz Luísa, já sabes que não admito violência. Vais já à casa da Dª Encarnação pedir desculpa ao Jorge!
- Pai, mas ele provocou-me ... eu já não aguentava mais ... eu defendi-me!
- Nada de mas .... vais pedir desculpa e é já!
Fomos à casa da Dª Encarnação ...
- Não é preciso pedir desculpas Sr. Milagres, são coisas de pequenos, o Jorge também não é flor que se cheire ....
Pedi desculpa ao Jorge, pedi desculpa à Dª Encarnação e pedi desculpa ao meu pai por ter partido o seu guarda-chuva novo.
Fiquei alguns dias triste e magoada com o meu pai, por não me ter defendido ... por não me ter compreendido!
Aquilo tinha sido uma "humilação" para mim!
A pessoa que mais amo na vida obrigar-me a tal ...
Compensou-me com o seu amor, com o seu carinho, com o seu cuidado, com as suas brincadeiras, com a sua dedicação e com as lições que constantemente me ensinava!
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