Desapegar-se ...
Desapegar-se .... um exercício difícil, não?
Somos muito apegados a tudo o que amamos, nos dá prazer, nos faz feliz, nos acomoda, nos deixa confortáveis.
Somos muito apegados ao que não nos dá trabalho nem nos desafia .... pessoas, situações, lugares!
E como sabe bem este apego e este "aconchego"!
Mas este apego desprepara-nos e pode tornar-nos dependentes, vítimas, intolerantes à mudança, "cegos" para lidar com os "reveses" da vida e com as perdas, e incapazes de sair de situações menos boas do nosso dia-a-dia!
E desapegar-se de quê?
Das expectativas demasiados elevadas que colocam sobre nós!
Dos objectivos que perspectivam em nós!
Da ideia de que não somos merecedores!
De que não somos suficientes!
De que dependemos dos outros .... da sua opinião e do valor que nos atribuem!
De velhos preconceitos e de tabus que nada acrescentam à nossa vida!
De crenças enfraquecedoras!
De guerras inúteis, de raivas, de angústias ...
Do medo de falhar ...
Do perfeccionismo ...
Do vazio, do estagnado!
Do que nos prende, afoga, sufoca!
Da escravidão!
Do demasiado confortável!
Do que não nos deixa respirar!
"A vida não espera.
O tempo não perdoa.
E a esperança, é sempre a última a lhe deixar.
Então, recomeçe, desapegue-se!"
Fernando Pessoa
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