"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"
"Não serve de muito cuidar do lado de fora se não cuidamos do lado de dentro.
No sítio profundo onde nos habitamos, é preciso sentirmo-nos em paz.
Aprender a paz é desaprender o irrelevante e o acessório.
Aprender a paz é desaprender o azedume e o queixume.
Não é fácil desaprender.
É mesmo a aprendizagem mais difícil de todas e temos de aprender por nós.
É por nós que precisamos de nos tornar habitáveis.
Precisamos de estar bem connosco.
Precisamos de cultivar um jardim interior, com flores naturais e sem arranjos, e em que dos verdes anos ou verdes ramos possamos colher os erros necessários sem os quais não é possível amadurecer.
Cuidar deste jardim de dentro é mais difícil do que tratar de qualquer jardim de fora, mas é de dentro para fora que a alma cresce.
Mudar o lado de fora é só mudar o sítio das coisas.