"Dois monges caminhavam pela floresta quando se depararam com uma linda cortesã, sentada nas margens de uma ribeira de curso rápido.
Como tinham feito um voto de castidade, o monge mais novo ignorou a mulher e atravessou rapidamente a ribeira.
Percebendo que a linda mulher não podia atravessar em segurança a ribeira, o monge mais velho pegou nela ao colo e transportou-a para a outra margem.
Depois de chegarem ao outro lado, colocou-a suavemente no chão.
Sorriu e agradeceu, e os dois monges continuaram o seu caminho.
O jovem monge ficou a matutar em silêncio, reconstituindo o incidente várias vezes sem conta na sua mente.
Como podia ter feito isso?, pensava o jovem monge para consigo. Será que o voto de castidade não representava nada para ele?
Quanto mais o jovem monge pensava no que tinha visto, mais furioso ficava, e a discussão na sua cabeça estava cada vez mais acesa:
Bem, se eu tivesse feito uma coisa daquelas, teria sido expulso da nossa Ordem. Isto é repugnante. Talvez não seja monge há tanto tempo quanto ele, mas sei distinguir o certo e o errado.
Olhou para o monge mais velho, para ver se este demonstrava pelo menos algum remorso pelo que tinha feito, mas o homem parecia tão sereno e pacífico como sempre.
Finalmente, o jovem monge não aguentou mais.
- Como pôde fazer aquilo? - perguntou - Como pôde sequer olhar para aquela mulher, quanto mais pegar nela ao colo e transportá-la? Não se lembra do seu voto de castidade?
O velho monge pareceu surpreendido, depois sorriu com grande bondade nos olhos e disse:
Quando, vezes sem conta, tudo o que tentava, para melhorar a minha vida profissional, não dava certo, ficava muito frustrada.
É horrível, lutar para sair de uma situação difícil e não conseguir.
Parecia haver correntes fortes, que não me "deixavam remar a favor".
Tudo dava errado.
Já nem queria rezar, nem agradecer, nem nada ... só me apetecia meter num buraco e não sair mais lá de dentro.
Mas eis que, passei a pedir para ser forte, para aguentar todos os "nãos", para não me deixar abater, para ultrapassar os desafios .... foi isso que passei a pedir!
E fiquei muito mais forte, porque foquei-me em fortalecer-me, em encarar tudo com muita persistência e tenacidade.
Era como se fizesse parte do caminho a percorrer.
Incrível, como mudando de atitude, tudo fica mais claro, transparente e esclarecedor.
Ao focar-me em me tornar mais forte, para aguentar os desafios que vinham, conseguia lutar mais, porque tinha a convicção que, da próxima vez, iria dar certo.
Apesar de um pouco de frio, o dia estava soalheiro e muito agradável para passear.
Construído em 1950, o Miradouro do Pico dos Barcelos está situado na freguesia de Santo António, no Funchal, a cerca de 355 metros de altitude.
Este miradouro foi recentemente remodelado, contemplando agora mais espaços verdes e zonas de comercialização de produtos regionais, artesanais e de restauração.
Podemos apreciar novas áreas de lazer e de apoio e uma melhoria substancial no acesso e circulação pedonal e automóvel.
A partir deste miradouro é possível contemplar uma panorâmica deslumbrante sobre a baía e a cidade do Funchal, com as ilhas Desertas em segundo plano.
Estou a falar de uma loucura saudável, desprendida, que nos faz sermos mais ousados e buscarmos outros caminhos, diferentes e originais, nunca antes imaginados e tentados.
As pessoas estão a tornar-se muito previsíveis ...
Como seres humanos a nossa capacidade de sonhar constitui uma das nossas maiores dádivas e liberdades.
Mas a maioria não sabe o quer e não sabe sonhar.
Ou porque não acredita nos sonhos.
Ou porque deixou de ter esperança.
Ou porque tem medo.
Ou porque teme a decepção.
Ou ....
E a maioria está "programada" para não acreditar nos sonhos, por isso não sonha.
Mas viver a vida sem um sonho, um propósito, um objectivo supremo, é como estar apagado para a vida.
E é exactamente esta capacidade de sonhar que nos permite entrar em sintonia com a harmonia e abundância naturais do universo.
Elas estão presentes em tudo e em todos, nas infinitas formas vivas.
Numa palavra, num gesto, numa atitude, numa esperança, numa pessoa, .... porque quando acreditamos, focamo-nos e agimos, tenazmente, em busca dessa abundância e desse sonho!
"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho
e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor!"
Sempre fui educada para reflectir sobre as minhas acções.
Sempre pensei pela minha cabeça.
Não que seja totalmente contra as regras.
Muitas regras são necessárias à nossa convivência social, mas cada dia mais descubro que, como indivíduos, temos as nossas peculiaridades e precisamos respeitá-las!
Nunca senti a necessidade de me encaixar nos padrões, comportamentos pré-estabelecidos e normas comuns a todos.
Quiçá porque tive um pai comunista e uma mãe com uma mentalidade aberta.
Que sempre me apoiaram nas minhas decisões, dessem certo ou errado, aprenderia com elas.
Sempre me fascinou o diferente, o despertar para outros caminhos, o que havia mais além do horizonte da ilha onde vivia.
Sempre quis ser livre, nos pensamentos, nos sonhos, nas acções, mesmo com as dores que me pudesse trazer.